Lavras, sua história, sua gente

Gente da Terra I

 

 

 

 

 

Copyrigth 2000 by Andrade, José Alves

Gente da Terra

1ª Edição

Volume I

Impressão - Gráfica da UFLA

Editoração: Celeida Mara Tubertini Maciel

Capa - Luiz Alberto Soares

WebDesigner e Diagramação: Marlon Hudson de Lima (35 8801-7339)

Revisão Eugênio Pacelli e Edno Tubertini

Editoração Eletrônica: José Marcos Martins e Celeida Mara Tubertini Maciel


Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser utilizada ou reproduzida - em qualquer meio ou forma, seja mecânico, eletrônico, fotocópia, gravação, ou outro, sem a prévia autorização escrita do autor.

 

 

 

DEDICATÓRIA

 

 

Dedico esta obra ao Senhor Nosso Deus, criador de todas as coisas, à memória de meus pais Benedito de Pádua Andrade (Planche), que prestou valiosa colaboração com os dados sobre Lavras e sua gente - Elvina Alves de Abreu (D.Noca) e dos irmãos Antônio e Aloísio, às irmãs Mirna e Maria Auxiliadora, à minha esposa Maria Sueli Pereira de Andrade, companheira e amiga de todas as horas, aos meus queridos filhos José Renato (advogado) e André Gustavo (físico), ao meu neto André, à Dindinha de Manhuaçu, às pessoas que eu amo e que me amam, àqueles que me inspiraram, à família e à memória de Bi Moreira, a todos que contribuíram desde a criação de Lavras até os dias atuais para engrandecimento deste Santuário Cultural.

 

O autor.

 

 

Nosso objetivo neste livro foi traçar perfis de personagens residentes em nossa comunidade, ou fora, no sentido de que os leitores possam conhecer um pouco mais da vida daqueles que aqui nasceram ou foram adotados como filhos.

 

Gente da Terra visa mostrar quem são e a potencialidade destes que muitas das vezes passam despercebidos de muitos e principalmente dos próprios lavrenses.

 

São conterrâneos que se destacaram em vários setores da vida.

 

Nada mais justo do que prestar-lhes um tributo, perfilando-os em GENTE DA TERRA.

 

 

 

 

 

 

AGRADECIMENTO

 

 

 

Ao Jornal Tribuna de Lavras, nas pessoas dos diretores Luiz Gomide, José Eduardo e dos funcionários: Pacelli, Édno, Áureo, Vanderlei, Juliano, Sidnei, Lazinho, à Academia Lavrense de Letras, ao Foto Wildes e seus fotógrafos (Luiz Alberto, Pablo, Edvaldo, Felipe, Marcelo), ao pessoal da gráfica da UFLA, às diretorias do Clube de Lavras, às professoras Yonne Siqueira Fantazzini, Nely Furbetta Pinheiro, ao Dr. Mário Figueiredo Filho, ao músico Ogmar Panzera, ao Walter e Édio, Nércias' Buffet, a Celeida M.Tubertini Maciel, Marlon Hudson de Lima (Designer), aos personagens, aos leitores.

 

 

O autor.

 

 

 

 

 

 

PREFÁCIO


 

 

 


Gratidão - uma nobre virtude.

 


Diz o poeta: “Cada um que passa em nossa vida, não nos deixa só e nem vai só. Deixa um pouco de si, leva um pouco de nós”.

 


Com esse pensamento queremos dizer que GENTE DA TERRA foi criada por nós, em parceria com o Jornal Tribuna de Lavras, Rotary Clube de Lavras Sul, Academia Lavrense de Letras, Clube de Lavras, Foto Wildes, Nércias’ Buffet, Guttemberg Som, Ogmar Panzera, com a finalidade de homenagear e valorizar os profissionais, com o objetivo maior de considerar todos excelentes na medida que são úteis e exercem com dignidade suas profissões, para engrandecimento da comunidade.

 


O que nos motivou a escrever GENTE DA TERRA foi a visão que temos tido do mundo atual, do século XXI, onde o progresso explodiu e, nos estilhaços, vêem-se coisas boas que beneficiam a vida mas, em contrapartida, coisas negativas, como: inversão de valores, notícias sensacionalistas constituindo as principais manchetes e ocupando os melhores espaços nos órgãos de comunicação, o homem sendo considerado uma máquina, sendo despersonalizado, tratado por números e não pelo nome de batismo ou de registro, tendo o outro homem como inimigo, supervalorizando os bens materiais, guerreando, destruindo.

 


Através dessa visão, queremos chamar atenção do homem para observar mais o seu interior, para redescobrir o verdadeiro sentido da vida e fazer aflorar as coisas boas que existem e ficam em estado de latência no seu ser. Lembrar que ele é filho de Deus e por isso está aqui na terra. Que ele não é máquina, não é número, tem sentimentos, desejos e vontades. Lembrá-lo que é um ser humano, e, como tal, não nasceu para se isolar ou ser egoísta. Nasceu para viver em sociedade, para servir, socorrer, ajudar, colaborar, solidarizar, participar da vida comunitária através da profissão e de seu ser para tornar o mundo melhor.

 


Há muita gente boa, GENTE DA TERRA, espalhada por esse mundo afora.

 


Em todos os cantos existem os bons, os que se dão sem reservas, sem reflexões premeditadas, os que agem apenas impedidos pelo prazer espontâneo de servir. Aqueles que não alimentam desejos imoderados, aqueles desapegados às coisas materiais e, sobretudo, aqueles que, numa busca constante, procuram no próximo a oportunidade de ser útil.

 


Por que não mostrá-la? Por que cruzar os braços, emudecer e nada fazer?

Mudaremos o mundo, torná-lo-emos melhor, à medida que valorizarmos o homem, chamando-o pelo nome, sabendo quem é, onde mora, o que faz e tendo-o como irmão.

 


Esse é o objetivo de GENTE DA TERRA. Falar sobre essas pessoas e da grande riqueza que há dentro de cada uma. É descobrir e mostrar que ainda existem os idealistas, os altruístas. É valorizar a vida. É refletir a grandeza do homem no espelho de suas obras.

 


O reconhecimento do valor do homem é uma gratidão que se presta a GENTE DA TERRA.

 

 

 

 

 


O autor




Não foi fácil escolher quem iria perfilar primeiro, visto que Lavras é rica de valores. Diz o ditado, antigüidade é posto. Somada a história de quem conta e faz história e com ela se confunde, trouxemos para inaugurar a coluna GENTE DA TERRA o historiador e jornalista Sílvio do Amaral Moreira, o nosso Bi Moreira , Amaral Sobrinho, Zé Gamão , a memória viva de Lavras.

Em 15/07/1912, nasceu aqui em Lavras, Sílvio do Amaral Moreira, filho de José Moreira de Alvarenga e Altina Moreira do Amaral.

Foi na infância um menino como qualquer outro e viveu grande parte dela sob o teto do Hotel Moreira. Freqüentou o Grupo Firmino Costa, Colégio Evangélico e Escola de Comércio Noturna, fundada pelo Dr. Abelardo Guerra. Diplomou-se em 1.929 como guarda-livros pela Escola Técnica de Comércio do Instituto Gammon.

Aqui uma pequena pausa para explicar alguns detalhes dos cognomes e matar a curiosidade de muitos.

Por que Bi Moreira? Surgiu nos tempos de infância, quando pela incapacidade de pronunciar BINO, abreviatura pela qual os irmãos tratavam o tio Urbino, e ele só pronunciava a primeira sílaba, o que causava certa hilaridade. Sá Maria, cozinheira do Hotel Moreira, lançou e pegou BI MOREIRA.

Por que Amaral Sobrinho? Uma homenagem ao tio José Sílvio do Amaral, diretor do jornal no século passado.

Por que Zé Gamão? Por força das atividades que exercia no Instituto Gammon, onde sempre foi muito admirado e querido pelos alunos, professores, funcionários e diretores.
Bem, dadas estas explicações, podemos continuar.

No dia 06/03/30 foi convidado a trabalhar na Escola Superior de Agricultura de Lavras, como secretário desta e do seu diretor, Dr. Benjamim Hanicutt.

Diante de seu dinamismo e grande capacidade de trabalho quase foi para o Rio de Janeiro como secretário deste mesmo diretor, a quem coube a organização do Congresso Mundial de Escolas Dominicais, realizado na Capital da República em 1.932. Não aceitando o convite, continuou na Escola com o Dr. Wheelock.

Ainda em 32 ou 33 um fato, por pouco, mudava o destino do Bi - a ida para Juiz de Fora, de onde trouxe o Certificado de Reservista, caso contrário estaria no 11º RI, e, com certeza, numa boa graduação do exército.

Em 1.934 foi trabalhar na tesouraria do Instituto Gammon, ao lado do Sr. Antônio Alvarenga e, mais diretamente, ao lado dos Drs. Baker e Calhoum.

Em 12 de setembro de 1.936 desse ano, contraiu núpcias com Maria G. Moreira (Neném Godinho). Deste matrimônio tiveram quatro (4) filhos: José Sílvio, Márcio, Gilson e Denise, dos quais tem verdadeiro orgulho.

Bi deu continuidade ao seu trabalho no Gammon e na Esal como tesoureiro, secretário, auxiliar administrativo e professor até o ano de 1.968, quando foi aposentado no serviço Público Federal, pois com a federalização da Esal, em 1.963, passou a ser funcionário público. Mas nunca se ausentou destes educandários, pois como a Lavras, tem também a eles ligado seu cordão umbilical.

Paralelamente às atividades profissionais, Bi escreve para jornais desde 1.932 - A GAZETA, O INSTITUTO, O AGRICULTOR, O AGRÁRIO, NOVA LAVRAS, entre outros, sendo correspondente de jornais do Rio, BH e SP. Especialmente escreve para TRIBUNA DE LAVRAS: Nossa Terra e Nossa Gente, Roteiro de Minha Saudade, Um Bom Domingo Para Você, Acrópole, focalizando a cidade e a sua gente, com incursões pela história da região.

Foi co-fundador da Sociedade dos Amigos de Lavras; sócio fundador do Rotary Clube de Lavras.

Idealizador e edificador do Museu de Lavras (Hoje Museu Bi Moreira, com muita justiça), instalado no velho campus da Esal - um museu eclético histórico-pedagógico e consta das principais revistas especializadas do país.

Lavras, mais do que centenária, tem a sua história contada por Bi Moreira. E é uma pena não existir ainda um livro escrito por ele, legando às gerações futuras esta preciosidade de rara beleza e grande conteúdo cultural.

BI MOREIRA é a memória viva de lavras.

SILVIO DA AMARAL MOREIRA, BI MOREIRA é Gente da Terra









Perfila hoje em nossa coluna O CARDIOLOGISTA E PROFESSOR DR. ADELINO MOREIRA DE CARVALHO que nasceu em Lavras, no dia 23 de abril do ano de 1945, filho de Gumercindo Moreira de Carvalho e Maria da Glória Freire.

Sua infância foi vivida no bairro do Campo do Cemitério (Antigo Estadual), onde, juntamente com colegas, deliciou a primavera do desabrochar de sua vida.

Fez o curso primário no Grupo Escolar Firmino Costa, o ginasial e científico (hoje as 4 últimas séries do 1º grau e 2º grau) no Colégio Nossa Senhora Aparecida - um dos berços da cultura lavrense que precocemente desapareceu, deixando um grande vazio no setor cultural e uma profunda saudade naqueles que ali ministraram e buscaram o saber.

Terminando o 2º grau, partiu para a capital paulista e lá chegando, ingressou no Curso de Letras, na Universidade de São Paulo - USP - onde concluiu em 1970, o bacharelado Português-Inglês. Iniciou, em seguida, o curso de medicina, objetivo maior de sua vida e o concluiu pela Escola Paulista de Medicina, em SP, capital em 1981.

Fez dois anos de residência em Clínica Médica, junto ao Hospital Beneficente São Caetano do Sul- SP.

Especializou-se em Cardiologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Iniciou suas atividades como docente na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Alfenas, em 1988, e a partir de 1989 passou a ser o seu primeiro diretor, cargo no qual se encontra em exercício.

Durante sua trajetória de Lavras para São Paulo e Alfenas, além do exposto, Dr. Adelino Moreira de Carvalho foi professor titular de Língua Portuguesa e Inglesa no Curso e Colégio Objetivo e Curso Santa Inês, em São Paulo, por 15 anos; publicou o livro “Linguagem Aplicada” de ensino de Língua Portuguesa, pela Editora Moderna – SP; participou de trabalhos científicos, teses de mestrado e doutorado da área médica, especialmente na E.P. de Medicina; participou de bancas examinadoras de candidatos ao Magistério Superior; Médico por 6 anos do Corpo Clínico do Hospital Beneficente S. Caetano, membro do Projeto Hercúleo para implantação e consolidação do Curso Superior de Medicina e do Hospital Universitário “Alzira Velano”, em funcionamento, que constitui padrão de referência para todo o Estado.

Aprecia a leitura, a pesquisa científica, razões maiores de sua cultura universal.

Tem admiração à família e é muito grato a Maria Aparecida de Carvalho, sua irmã, que considera sua segunda mãe.

É casado com a mato-grossense Beatriz Helena.

O casal tem três filhos: Gabriel, Diego e Filipe.

Além de professor e diretor da Escola, exerce a medicina na especialidade de Cardiologia na cidade de Alfenas.

O CARDIOLOGISTA E PROFESSOR DR. ADELINO MOREIRA DE CARVALHO é Gente da Terra.







Nossa coluna traz hoje um lavrense de coração que há 8 anos, ou seja, em 1985, recebeu da comunidade, através de seus lídimos representantes , por merecimento, o Título de Cidadão Honorário de Lavras, pelo seu espírito de liderança, capacidade de trabalho dentro e fora dos limites da Gloriosa Polícia Militar de Minas Gerais, dedicação e amor a Lavras.

Quem perfila é O CORONEL MÁRIO LÚCIO CALÇADO, nascido em Rodeiro, MG, em 18/11/43, filho de Mário Calçado Martins e Dinorah Bicalho Calçado.

Seus estudos básicos foram feitos em sua cidade natal, indo em seguida, 1964, para Belo Horizonte onde ingressou no CFO. Em outubro de 1967 chegou a aspirante, depois promovido, por merecimento e antiguidade, a tenente, capitão, major, tenente coronel e, em 18/12/90, a coronel.

Dentro desse espaço de tempo ainda fez Curso de Orientação Social pela PUC-MG; Filosofia Pura no Instituto Superior de Ciências Artes e Humanidade de Lavras, Curso de Formação de Oficiais, concluído em 1967; Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais em 1978 ; Curso Superior de Polícia em 1988. Publicou a tese “Polícia Militar X Polícia Civil - Histórico dos Conflitos, o que modificar na Constituição Estadual” .

Como oficial serviu ao 8º BPM, Gabinete Militar do Governador Rondon Pacheco , 7º BPM e 2º CRP.

Como oficial superior foi Sub-comandante e Comandante do 8º BPM - Lavras, Comandante do 7º BPM - Bom Despacho, Comandante do 2º Comando Regional de Policiamento. Atualmente exerce a função de chefe de Gabinete Militar do Governador Hélio Garcia e Comandante da Polícia Militar de Minas Gerais.

No exercício de suas funções foi condecorado com as seguintes medalhas: Mérito Militar - Bronze (1974) , Prata (1984), Campanha em Bronze, Insígnia da Inconfidência, em 1974, Medalhas Santos Dumont - Bronze - Ouro (1991), Mérito “Coronel Fulgêncio de Souza Santos”, “Alferes Tiradentes” - Bicentenário da Inconfidência (1991), “Bicentenário da Morte do Alferes Tiradentes” (1992), medalhas da Ordem do Mérito de Brasília, no grau de Comendador (1992), Ordem do Mérito Legislativo Estadual (1992), Pacificador (1992) e da Ordem do Mérito Legislativo Municipal (1992).

Recebeu os Diplomas: “Amigo do CPOR” e “Colaborador Emérito do Exército Brasileiro em 1991/92 e ainda os títulos de Cidadão Honorário de Lavras (85), Bom Despacho (91) e Belo Horizonte em 1992.

É casado com a lavrense Dirce Gonçalves Calçado, com quem tem três filhos: Marcus Vinícius, Marilúcia e Sara. Todos lavrenses.

Este lavrense de coração chegou aqui no final da década de 60 e passou a fazer parte da comunidade, ligando-se à terra através de sua esposa, filhos e amigos.

CORONEL MÁRIO LÚCIO CALÇADO é Gente da Terra.








Hoje nossa coluna faz uma viagem de retorno a partir dos anos 40, precisamente ao dia 28 de abril, lá na rua Rui Barbosa (antiga rua Umbela), onde nasceu e viveu a infância e boa parte da adolescência, em companhia dos pais e, posteriormente, com o tio Norberto Naves Gouveia (o Setenta do extinto Banco Mineiro da Produção, hoje BEMGE) e a avó Maria Naves de Avelar, o Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Dr. NILSON VITAL NAVES, filho de Nicodemos Naves de Gouveia e Júlia Vital de Oliveira, de saudosa memória.

Sua formação escolar desenvolveu assim: curso primário no Grupo Escolar Paulo Menicucci, ginasial (4 últimas séries do 1º grau) no Colégio Nossa Senhora Aparecida, estes em Lavras-MG e o colegial no Colégio Marconi, em Belo Horizonte. Fez Curso de Direito na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, bem como Estudos Superiores de Doutorado em Direito Penal nos anos de 1962 a 1966 e 1967 a 1968, respectivamente.

Já formado, passou a exercer suas atividades profissionais:

- Exercício de advocacia em Belo Horizonte, Pedro Leopoldo e Betim, de 1966 a 1969; Promotor Público substituto do Estado de São Paulo, após concurso público de provas e títulos, realizado em fins de 1968, com exercício na capital e no interior, de 14/02/69 a 24/05/70;

Promotor Público da comarca de Caconde (1ª entrância), promovido, por merecimento, por Decreto de 17/10/72; autorizado, em caráter excepcional, pelo Governo Paulista, o afastamento, para ficar `a disposição do Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo do cargo efetivo, por Decreto de 17/10/72; cargo em comissão de Secretário Jurídico, nomeado pela Portaria nº 106 do Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal, em 20/11/72;

Secretário Jurídico do Ministro Olavo Bilac Pinto, no Supremo Tribunal Federal, de 20/11/74 a 06/02/75; assessor de Ministro , com exercício no Gabinete do Ministro João Leitão de Abreu, de 09/02/78 a 12/08/81; autorizado, em caráter excepcional, por resolução de 18/08/81, pelo Governo paulista, o afastamento para ficar à disposição do Gabinete Civil da Presidência da República, sem prejuízo do cargo efetivo, até 15/03/85;

Assessor da Chefia do Gabinete Civil da Presidência da República, de 20/08/81 a 15/03/85. No período de afastamento, sem prejuízo do cargo efetivo, foi promovido para o cargo de Promotor Público da comarca de Paraguaçu Paulista, em 23/01/73, e para o cargo de 3º Promotor Público da comarca de Guarulhos, em 03/05/76, e para o cargo de 31º Promotor Público da comarca da Capital, em 18/02/77 e, finalmente, para o cargo de Procurador da Justiça, em 05/10/82; Ministro do Tribunal Federal de Recursos, a partir de 11/04/85;

Ministro do Superior Tribunal de Justiça, a partir de 07/04/89; Presidente da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, de 12/11/90 a 12/11/92; Presidente da 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, a partir de 09/11/92; Membro efetivo do Conselho da Justiça Federal, a partir de 27/08/92; Atualmente Ministro do Superior Tribunal de Justiça, vice presidente, Presidente do STJ.

Distinções Honrosas

Ordem de Rio Branco, no grau de Comendador, em 24 de março de 1982; Medalha do Pacificador, em 11 de outubro de 1982; Ordem do Mérito Militar, no grau de Cavaleiro, em 25 de julho de 1983; Ordem do Mérito Judiciário, no grau de Comendador, em 11 de agosto de 1983; Professor Emérito da Faculdade de Direito das Faculdades Metropolitanas Unidas, de São Paulo, em 4 de novembro de 1988; Ordem de Rio Branco, promoção no grau de Grande Oficial, em 14 de abril de 1989; Grande Medalha da Inconfidência, Minas Gerais, em 21 de abril de 1989; Medalha Comemorativa da Inauguração da Sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, em 19 de novembro de 1990;

Ordem do Mérito Legislativo Municipal, de Belo Horizonte, no grau Grande Mérito, em 20 de dezembro de 1990.

Obras e Trabalhos Publicados

Da Prescrição e da Decadência no Direito Civil, in Revista da Faculdade de Direito da UFM, outubro/1964; Estrutura Jurídico-Penal do Crime, in Revista “Justiça”, órgão do Ministério Público de São Paulo, nº 65/1969; Alguns Aspectos do Crime Continuado, in Revista “Justiça”, órgão do Ministério Público de São Paulo, nº 70/1970;

A Ação no Modelo Tipo, in Revista dos Tribunais nº 467/288; O Supremo Tribunal Federal e o Princípio da Prescrição pela Pena em Concreto, in Revista Forense nº 249/95 e Revista dos Tribunais nº 472/284; Código Penal (organização, atualização e notas), Companhia Editora Forense, Rio de Janeiro (1ª edição/1975, 2ª edição /1976, 3ª edição/1977, 4ª edição/1983, 5ª edição/1984); Código de Processo Penal (organização atualização e notas), Companhia Editora Forense, Rio de Janeiro (1ª edição/1976, 2ª edição/1977, 3ª edição/1982, 4ª edição /1983, 5ª edição /1984);

Legislação Penal Militar - Código Penal Militar, Código de Processo Penal Militar , Organização Judiciária Militar, Segurança Nacional (organização, atualização e notas), Companhia Editora Forense, Rio de Janeiro (2ª edição/1976, 3ª edição/1980-esgotada); Constituição da República Federativa do Brasil (organização, atualizada e notas), Companhia Editora Forense, Rio de Janeiro (2ª edição/1976, 3ª edição /11977);

Regimento Interno e Súmula do Supremo Tribunal Federal (organização, atualização e notas), Companhia Editora Forense, Rio de Janeiro (3ª edição/1979, 4ª edição/1981).

Família

A família, para o Dr. Nilson Vital Naves, é o pilar da sociedade.

É casado com Adélia Cecília Menezes Naves com quem tem dois filhos: Guilherme Menezes Naves e Pedro Henrique Menezes Naves.

O MINISTRO DR. NILSON VITAL NAVES é Gente da Terra.









Nossa coluna se inspira hoje na primavera, estação das flores, das cores vivas e bonitas, do prazer e da alegria de viver.

Lavras, Terra dos Ipês e das Escolas, terra de artistas e de tantos valores, foi agraciada no dia 27 de setembro, início da primavera, com o nascimento, lá na rua Santo Antônio, hoje Firmino Sales, da artista INAH GOULART PENIDO, filha do saudoso casal João Bueno Goulart e Maria Sena. Para o artista o ano não importa, pois como para a música, a dança e a arte, não há idade, nem fronteira, é sempre tempo de apreciar o que toca a sensibilidade, o coração e a alma.

Artista é assim...

Ela fez o curso primário no Grupo Escolar Firmino Costa, o secundário e o normal no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, onde diplomou-se como professora.

Como desde a tenra idade apresentava aptidão para a arte, música e dança, ingressou no Colégio Carlota Kemper para estudar piano; a fim de aprimorar seus dotes musicais, foi para o Conservatório Tancredo Neves, em São João Del Rei, onde concluiu o curso e fez dois anos de especialização.

Paralelamente fez o curso de violino, no mesmo Conservatório.

Viajou por todo o Brasil. Conheceu as maiores e melhores escolas de arte e principalmente as de dança, uma de suas paixões.

Em 1.941, casou-se com o inesquecível Dr. Marcelo Otto Penido, professor de Entomologia da Escola Superior de Agricultura de Lavras, com quem teve um filho, o advogado Otto Marcelo Penido.

Foi professora primária e exerceu suas atividades em várias escolas da comunidade e, dentre estas no Grupo Escolar Firmino Costa, onde regeu a cadeira de Canto e Música, lá se aposentando depois de 28 anos de exercício.

Integrou, durante algum tempo a extraordinária “Írio Coral e Orquestra”

Inah Goulart Penido, amante da música, da dança e da arte, com o seu know how, fundou em Lavras o “ BALLET INAH PENIDO” que teve uma existência de 32 anos ininterruptos, ensinando, educando e formando bailarinas que, com suas apresentações sempre constantes em Lavras, Minas e em outros Estados, inebriava a todos, pois como se sabe, “A DANÇA É A MÃE DAS ARTES”, e como tal, os movimentos, gestos e toques suaves, leves, singelos e mágicos, em harmonia constante com a música, propiciam através do expressivo ou abstrato o êxtase.

Quantas apresentações fantásticas: Lago dos Cisnes, Quebra-Nozes, Romeu e Julieta, Carnaval, Riquezas da Terra e outros.

Quem assistia aos espetáculos, lembrava com saudade o Ballet Francês, berço desta dança que a todos encanta, seja no individual, seja no coletivo, bem como o Ballet Russo, apresentados em espetáculos no Brasil e no mundo ou mesmo pelo cinema e pela televisão.

A brilhante apresentação do Ballet Inah Penido , verdadeiro show de coreografia, graça e beleza marcou presença no Centenário de Lavras - 1968.

Desta época ela conserva belo pôster que marca sua participação - Ballet Inah Penido - em programa de televisão.

Durante sua trajetória, a artista ministrou cursos de Ballet em Campo Belo, Oliveira, Perdões, Boa Esperança e outras cidades, fundando escolas que perduram até hoje.

Participou com fundadora da “SOLCA” - Sociedade Lavrense de Cultura Artística - que teve seus dias de glória com grandes acontecimentos artístico- culturais, com artistas, músicos e bailarinos de Lavras, de outros municípios e até do exterior. A SOLCA se localizava onde era a Casa Americana, hoje Banco Real e depois, no edifício Decimoni, hoje 20 de julho.

Muitas de suas alunas dão continuidade ao seu trabalho que deixou raízes, e, para ficar sempre viva em Lavras, a lembrança do Ballet, o Colégio Nossa Senhora de Lourdes tem hoje uma escola de dança que leva o nome “INAH PENIDO”.

Quem vai à casa desta artista se depara com uma estante repleta de placas, medalhas, troféus e fotografias que marcaram para sempre a gratidão das comunidades a esta beleza de obra - Ballet Inah Penido - que todos guardam no coração , na mente e na retina dos olhos que tiveram a felicidade de o ver.

Como se sabe o artista é assim...um sonhador. E o aplauso, sua realização.

Mais uma vez as luzes da ribalta se acendem e as cortinas do palco da vida se abrem para mostrar a arte, a música, a dança, o Ballet.

A ARTISTA INAH GOULART PENIDO é Gente da Terra.










Nossa coluna hoje se instala no interior de um agradável escritório de engenharia.

No centro, uma prancheta e sobre esta, régua T, compasso, esquadro, normógrafo, canetas, escalímetro, papel vegetal e outros instrumentos profissionais da área.

Em um dos lados, uma estante com bons livros e projetos de estudo, nas paredes, quadros de bico de pena, nanquim, a óleo e outros. Uma mesinha com uma linda orquídea e um sofá confortável, em um dos cantos, convivem harmoniosamente no mesmo espaço, decorando o ambiente. A iluminação natural e de luminárias é perfeita, pois fora idealizada para tal e a música ambiente é seleta.

Defronte á mesa de trabalho, uma banqueta, lugar do engenheiro . Na mente deste, mil projetos. Sua especialização - construção de estradas - para levar o progresso e aproximar regiões e povos.

Agora, andamos um pouco por estas rodovias, atravessando pontes, avenidas e ruas e vamos até a Praça Santo Antônio, no Casarão Pomárico, onde, em 25/02/37, nasceu o engenheiro civil, Dr. CÉSAR POMÁRICO, filho de Vitor Pomárico e Afonsina Augusta Lopes.

Projetos e mais projetos desde a infância...

A formação educacional começou na Escola Estadual Firmino Costa, onde realizou as quatro primeiras séries do 1º grau, descendo pela rua Misseno de Pádua até o Colégio Nossa Senhora Aparecida para fazer as quatro últimas séries do 1º grau; segundo grau no Colégio Santo Antônio e o curso superior na Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais , em Belo Horizonte, concluído em 1962.

Depois recebe os retoques finais e alguns aprimoramentos como: Curso Intensivo de Dimensionamento de Pavimentos na Northingham Universíty em Nothingham, Inglaterra; estágio na Wimpey, em Londres; estágio em Organismos Rodoviários Franceses nas cidades de Paris, Nantes e Bordeaux, sob a supervisão do Ministério de Lequipament e Du Longement nos Campos de Auscultação de Pavimentos, Construção Conservação de Rodovias.

Terminado e executado o projeto educacional, diante da dinâmica da vida, inicia o familiar: casou com Leila Mendes Pomárico. Desta união nasceram os filhos: Soraya, Andréa, Luciana, Marco Antônio e César Júnior.

Concluídos estes dois projetos, vem o terceiro, profissional.

Ingressou no Departamento de Estrada de Rodagem, DER/MG, como engenheiro, prestando seu labor como chefe da 10ª Residência Regional sediada em Varginha. Lá, foi responsável pela edificação da Nova Sede Regional .

Em 1986 foi designado para o cargo de Diretor de Projetos do DER/MG.

EM 1987 exerceu a Chefia de Gabinete da Diretoria Geral do DER/MG.

De 1988 a 1991 foi designado para gerente do Programa de Melhoramento das Rodovias do Vale do Jequitinhonha, com financiamento parcial do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Foi um dos responsáveis pela construção de grande parte das rodovias: Perdões - Campo Belo; Nepomuceno - Santana da Vargem ; Circuito das Águas; Itanhandu - Passa Quatro.

Participou da Comissão de Negociação, junto ao BID, em Washington, para a construção da rodovia que liga São Vicente - Minduri.

Em 1991, aposentou-se.

Recentemente, foi designado pelo Governo do Estado de Minas Gerais para ser o Coordenador do Programa de Duplicação da BR 381, Rodovia Fernão Dias, que liga Minas a São Paulo, uma das principais artérias da malha rodoviária do país.

O engenheiro Dr. César Pomárico projeta e constrói estradas - canais que unem vilas, cidades, capitais, continentes e povos, separados por campos, vales, montanhas, rios e mares, indicam direções e realizam ideais, vencem distâncias e desafios, descobrem caminhos que conduzem o homem à felicidade.

O ENGENHEIRO DR. CÉSAR POMÁRICO é Gente da Terra.










Nossa coluna enfoca hoje alguém que vem se preocupando com um dos problemas sérios de nossa comunidade e do país. Alguém que, juntamente com outros, fundou em Lavras uma entidade que tem sido a porta aberta (quando tantas outras se fecham), através da qual estende as mãos para levantar os caídos, desamparados, desesperançados e retirá-los quase do fundo do poço, das ruas, das esquinas.

Alguém que realiza, na verdade, as mesmas funções de médico e psicólogo no tratamento dos alcoólatras. O alcoolismo, sabe-se, é uma doença e como tal necessita de tratamento. Os alcoólatras buscam, na bebida, refúgio e solução de problemas, mas acabam perdendo o respeito de si mesmos, transformando-se de senhores, em escravos, caminhando como nau sem rumo, à deriva, de lugar algum para lugar nenhum.

Estamos falando de ANTÔNIO FERNANDES NETO, filho de Benfica Antônio Fernandes e Ana Pinto Barros, nasceu em 26/08/14, na rua das Piteiras, hoje 8 de Dezembro - localiza nos fundos do Estádio da Associação Olímpica de Lavras.

Acreditamos que alguns dos nossos leitores ainda não identificaram bem o nosso personagem. Mas, ele é bem conhecido pela alcunha de “CANELA” . E, por falar em canela, por que o apelido? Porque, quando menino, na “Chacrinha”, participando das “peladas” de futebol, dava muitas “caneladas”, não se machucava e os outros sempre levavam a pior com o “canela de ferro”. Quem o apelidou foi o Ivo Nunes.



Fez o primeiro grau na Escola Estadual Firmino Costa e aqui, um registro: foi aluno do Prof. Orozimbo Herculano de Melo, o seu diretor, o nominado na Escola. Fez ali também um curso de carpintaria. Já naquele tempo, o Prof. Firmino Costa havia implantado, naquela instituição de ensino, vários cursos como: carpintaria, sapataria, economia doméstica (culinária, corte e costura), técnicas agrícolas, datilografia e outros - cursos hoje ministrados nas 4 últimas séries do 1º grau. Este fato demonstra que o diretor daquela Escola, naquela época, estava anos-luz, à frente da educação.

Posteriormente, concluiu seus estudos na Escola Malafaia, com o Prof. Abelardo Guerra.

Terminado o primeiro grau, ingressou na “Universidade da Vida”, escola das escolas.

Foi trabalhar na R.M.V. - Rede Mineira de Viação - atualmente, Rede Ferroviária Federal S/A, como aprendiz de carpintaria, por um período de 2 anos, sem remuneração. Depois, aos 18 anos, foi para o 8º BPM, onde permaneceu 10 anos. Ali, além de suas atribuições militares, dirigiu, como chefe a carpintaria, sendo designado para ajudar na construção do Hospital Militar de Belo Horizonte. Sua estada na Capital mineira durou 4 anos. Após, retornou a Lavras e requereu sua baixa na corporação, em 1944.

De volta a Lavras, trabalhou como carpinteiro. Ajudou na construção da Praça de Esportes (Lavras Tênis Clube) e Hospital Vaz Monteiro. Neste último, sua contribuição foi gratuita, atendendo a uma solicitação do médico Dr. Dilermando Leite Corrêa, um dos fundadores.

Esteve por um lapso de tempo trabalhando em Volta Redonda, mas regressou logo, para trabalhar na Rede Mineira de Viação, onde se aposentou, em 1962, como carpinteiro.

Muito preocupado em ajudar o próximo, em servir, pois conhecia de perto o problema alcoolismo - mal que assola e destrói lares e pessoas - dirigiu-se a Barra Mansa, em companhia de seu irmão Sebastião Fernandes, para conhecer a Associação dos Alcoólatras Anônimos. Trouxe de lá o projeto para fundar, em Lavras, uma similar. Aqui contou com a colaboração do jornalista e radialista Herculano Pinto Filho, Dr. Edmir Sá Santos, Pe. Henrique, Dr. Bernadino Dessimoni, Dr. Francisco Rodarte e outros.

Após algumas reuniões preliminares nas dependências do Salão dos Vicentinos, no prédio que se localiza atrás da Matriz de Sant’Ana, foi concretizado o sonho. Era fundado o Grupo Ipê dos Alcoólatras Anônimos de Lavras. Isto aconteceu em 24/05/70.

A finalidade desta entidade é: “Compartilhar suas experiências, forças e esperanças, na recuperação de homens e mulheres, a fim de ajudar no seu problema comum e ajudar outros a se recuperarem do alcoolismo”.

O Grupo Ipê reuniu-se no Salão dos Vicentinos, por um período de três ou quatro anos, depois, transferiu-se para a sede do Rotary Clube de Lavras, onde permanece, tendo recebido de todas as diretorias o apoio necessário para sua consolidação e consecução de sua finalidade.

A prestação de serviço executada pelo Grupo Ipê, de recuperação dos alcoólatras, é permanente e disseminadora, pois outros grupos foram fundados como: São Sebastião, Esperança, N. S. Auxiliadora, Cruz Vermelha, bem como em outras comunidades.

O trabalho é anônimo, mas de grande significado social. Só quem tem ou teve um problema desta natureza, em casa, sabe avaliar a dimensão deste empreendimento.

Além desta empreitada Fernandes, foi também Comissário de Menores na Comarca de Lavras, durante 10 anos e, em suas funções, encaminhou muitos destes que perambulavam pelas ruas, sem rumo e sem esperança.

Quanto `a vida familiar, casou-se com Edithe Cândida da Silva com quem teve os filhos: Marcos, Maria Aparecida, Gilda, Márcio, Murilo, Marília, Jorge, Heloísa, Márcia e Geórgenes.

ANTONIO FERNANDES NETO , “CANELA”, é um homem simples, humilde, mas a sua obra ultrapassa os limites da compreensão humana.

Lá, na sede dos Alcoólatras Anônimos, do Grupo Ipê e também nas outras, inicia e termina a reunião com esta oração:

“Ensina-nos a aceitar o que não pode ser mudado, lutar pelo que pode ser modificado, e sabedoria para distinguir uma situação de outra”.

ANTONIO FERNANDES NETO, “CANELA” é Gente da Terra.









Alongamento, aquecimento e... nossa coluna vai até Atenas, na Grécia, no ano 776 a.C. , nascedouro do esporte e dos Jogos Olímpicos, para relembrar os primórdios e buscar um ramo de oliveira - a maior honra para o atleta grego vencedor - e entregá-lo à personagem que hoje perfila para nossos leitores.

Personagem que participou dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992.

Os Jogos Olímpicos sofreram uma paralisação temporária, mas ressurgiram graças ao Barão Pierre de Coubertin, no final do século XIX. E por falar nele, foi ele também quem criou o Símbolo Olímpico composto de cinco anéis entrelaçados, inscritos numa bandeira branca; suas cores representam os continentes: azul, Europa; amarelo, Ásia; preto, África; verde, Austrália; vermelho, as Américas. Há quem diga que as cores foram escolhidas porque com elas se compõem as bandeiras de todos os países do mundo.

Como dissemos, os Jogos Olímpicos recomeçaram em 1896, um longo tempo depois de criados, entre 5 a 13 de abril. No começo eram realizados em um só dia e a competição era uma corrida. Hoje, são muitas as modalidades de competições esportivas e o tempo é maior. A partir do reinício, de 4 em 4 anos, são realizados este eventos em países diferentes. Um detalhe: em 1916, 1940 e 1944 não aconteceram tais Jogos porque o mundo estava em guerra.

Dentre as competições dos Jogos Olímpicos, está o voleibol, esporte criado em 1895 pelo Diretor do Departamento de Educação Física da Associação Cristã de Moços de Holyoke, Massachussets, E.U.A., introduzido no Brasil no ano de 1917 e aceito como esporte olímpico em 1957.

Chama-se a atenção para esta modalidade esportiva porque nela se distingue a jovem que focalizamos.

De Atenas chegamos a Barcelona – Espanha, e lá, a nossa personagem, defendendo as cores verde-amarela do nosso querido Brasil, no voleibol feminino.

É ANA PAULA MENDES RODRIGUES, lavrense da gema, que nasceu na rua Francisco Andrade, no dia 13/02/72, filha dos professores Paulo Rodrigues Monteiro e Maria Auxiliadora Mendes Rodrigues .

Freqüentou o pré, as oito séries do 1º grau e a 1ª do 2º grau no Instituto Gammon, terminando os estudos no Colégio Clemente Faria, em Belo Horizonte.

Sua infância e adolescência foram vividas no coração do Instituto Gammon, entre campos, quadras, pistas, área verde, ipês, gérberas e buganvílias, respirando um ar de cultura centenária e sentindo as emoções do esporte que tem ali a sua morada.

Aos 11 anos de idade, já havia determinado sua vida. Seria jogadora de vôlei e confidenciou isto a sua amiga Heloísa H. Carvalho.

Sua carreira esportiva começou no Gammon, com o prof. Carlos Wander (Drico). Depois aos 12 anos continuou no Lavras Tênis Clube, com os técnicos: Kaíco e Kênia Naves. Permaneceu jogando neste clube até aos 16 anos, quando Selma Scheid Lopes, outra lavrense, campeã sul-americana de vôlei, de outros tempos, incentivou, juntamente com os pais, sua ida para o Minas Tênis Clube de Belo Horizonte.

Dia 22/02/88 - Ana Paula viaja em companhia de seus pais. Destino: Minas Tênis Clube-BH.

Neste ano foi convocada para a Seleção Mineira, categoria infanto, para disputar o campeonato brasileiro, sagrando-se campeã.

1989 - Convocada par a Seleção Brasileira - infanto - disputou o Mundial da Juventude, em Curitiba, sendo vice-campeã.

1990 - Participou do Campeonato Brasileiro Juvenil em São Lourenço.

1990 - Foi campeã sul-americana em Tucumã - Argentina. Neste campeonato foi eleita o melhor Block.

1991 - Participou do Campeonato Brasileiro juvenil em Montes Claros, sendo campeã.

1991 - Participou do Mundial Juvenil na Tchecoslováquia, e foi vice-campeã.

1992 - SELEÇÃO BRASILEIRA – OLIMPÍADAS - BARCELONA - 4º lugar.

1992 - Vice-campeã brasileira - L’Acqua di Fiori; vice-campeã Sul-americana; vice-campeã no Mundial Interclube - Itália.

1993 - Joga pelo L’Acqua di Fiori, disputando o campeonato da Liga Nacional e está em 1º lugar da 1ª fase.

1993 - É convocada para a Seleção Brasileira, para disputar a Liga Mundial em Hong Kong.

Ana Paula é jogadora de meio e muito versátil em quadra.

A crônica esportiva especializada sempre chama a atenção para ela, tal o seu desempenho.

Além destas atividades, Ana Paula, apresenta outras como: aos 12 anos foi bicampeã de salto em altura e extensão dos Jogos Estudantis de Lavras. Em 1991, elegeu-se Miss Lavras e participou do Concurso de Miss Minas Gerais, em Montes Claros. Foi capa de várias revistas, principalmente de uma especializada, “Internacional Volley Tech-Alemanha-Março/92.

ANA PAULA MENDES RODRIGUES é Gente da Terra.








Nossa coluna continua sua viagem, agora percorrendo outro roteiro: Egito, China, Babilônia, mais uma vez a velha Grécia, indo até o extinto Império Romano, preciosidade e fonte inesgotável das Ciências Jurídicas que balizam a conduta do homem sobre a face da terra. Os romanos foram os primeiros a organizar o Direito - que nasceu com a vida, com o homem, com a sociedade e cuja história se confunde com a própria existência.

O mundo das relações entre os homens é o mundo do Direito e daí as deduções: de um lado, a faculdade individual de agir de acordo com este e invocar a sua proteção e aplicação de seus legítimos interesses; e de outro, como sendo regra de conduta e organização coativa imposta pelo Estado e dirigida a todos como norma geral de agir.

Século XX. O mundo passa por transformações. O homem cria novas necessidades. Novos ramos do Direito emergem. A dinâmica propicia a evolução.

Lavras, 31/03/1913, rua Dr. Francisco Sales - antiga rua Direita - local escolhido para o nascimento do estudioso das Leis e do Direito, do que é justo, do que é reto, DR. GIL DE ANDRADE BOTELHO, filho de Aureliano de Andrade Botelho e Adélia Alves de Azevedo.

Cursou as quatro primeira séries do 1º grau na Escola Estadual Firmino Costa e as quatro últimas séries, bem como o 2º grau, no Instituto Gammon e o superior na Escola de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, concluído em 1933.

Formado em advocacia, retornou a Lavras, sendo nomeado Promotor de Justiça da comarca, onde permaneceu até 1941, quando requereu sua exoneração.

Nesse mesmo ano contraiu núpcias com Augusta de Campos Gouveia, com quem teve três filhos: Aureliano, Maria Inês e Cláudio.

A partir de seu afastamento da Promotoria Pública, dedicou-se à advocacia geral nas Comarcas de Lavras, Perdões, Campo Belo, Nepomuceno, Varginha e outras da região bem como na Capital mineira.

Como advogado militante e membro da 17ª Subseção da OAB/MG, presidiu os destinos daquela entidade por quatro anos, após o término da gestão do renomado jurista CARVALHO SANTOS.

Dr. Gil de Andrade Botelho, além de advogado, é um cidadão prestante e como tal apresenta uma larga folha de serviços prestados à comunidade. Dentre estes destacamos: foi sócio fundador da Associação Gammonense e participou da instalação da herma do Dr. Gammon, defronte o Colégio Carlota Kemper sendo orador oficial da solenidade Dr. Carlos Luz - gammonense que ocupou por breve período a Presidência da República; presidiu o Lavras Tênis Clube, o Clube de Lavras , interinamente o Rotary Clube Lavras Sul, o Sindicato Rural de Lavras, ocasião em que realizou a Exposição do Centenário de Lavras e mudou a entrada daquele Parque (naquela época localizado onde é hoje o Condomínio Jardim da Palmeiras);

Foi vereador por dois mandatos, com apresentação de vários projetos benéficos à comunidade; integrou a Congregação da ESAL; foi membro do Conselho Diretor - FELA - INCA - por nomeação do Governo do Estado; membro do Conselho de Legislação da FAEMG, durante muitos anos; membro da Companhia Lavrense de Eletricidade – CLE - órgão que explorou a energia elétrica em Lavras, melhorando-a e tornou-se um dos responsáveis, juntamente com Haical Haddad, Paulo de Lourenço Menicucci, João Theodoro, Sílvio Ferreira, Olney de Sousa Andrade e outros, pela mantença e depois transferência dela para a CEMIG, no governo municipal de Leonardo Venerando Pereira (Nadinho), atendendo às imposições do progresso energético e anseios da comunidade.

A energia elétrica chegou a Lavras por volta de 1910, vinda da Usina do Cervo. A prefeitura e a R.M.V. eram as detentoras. Algum tempo mais tarde a prefeitura privatizou-a transferindo-a para CLE. Em 1956, a Companhia Lavrense de Eletricidade adquire e repassa a energia vinda de Itutinga - CEMIG. No período compreendido entre 1970 a 1972, a CEMIG adquiriu os direitos de concessão e do patrimônio e passa a explorar a distribuição de energia elétrica em Lavras.

Dr. Gil Botelho é fazendeiro nas horas de folga e nesta área também se destacou. Com o 5º lugar no concurso de produtividade de milho no Estado e o 1º em Lavras. Além desta cultura, explora a pecuária de Leite.

É o decano dos advogados lavrenses, dotado de irrefutável ética profissional e merecedor por isso mesmo da admiração de seus pares e da comunidade forense.

DR. GIL DE ANDRADE BOTELHO é Gente da Terra.








Após algumas viagens por roteiros diferentes pelo Velho Mundo, vamos aportar um tempo aqui nesta terra denominada “Atenas Mineira”, não só pela cultura que enseja, mas por ser também uma fonte viva, manancial de grandes atletas e grandes talentos.

Não faz muito tempo, trouxemos para nossa coluna, um destaque do voleibol feminino, e hoje apresentamos outro, só que no basquetebol masculino.


O basquete, ou bola ao cesto, foi criado em Springild. Massachussets, E.U.A. pelo canadense James Naismith em 1891. No Brasil, quem o introduziu, foi o prof. Augusto Shaw, mas sua implantação definitiva foi a partir de 1912. Hoje em dia é um esporte praticado em todo o mundo. Os E.U.A. apresentam uma das melhores equipes, e levou às Olimpíadas de Barcelona, o “Dream Time”, ou o time dos sonhos.

O personagem que trazemos nasceu na Rua Sete de Setembro, no dia 10/04/54 e cresceu no interior, bem dentro do Instituto Gammon, onde viviam e trabalhavam seus pais, os professores de Educação Física, José Lima e Edna de Campos Lima, que doaram suas vidas àquele educandário e à juventude brasileira. É o DR. JOSÉ LIMA FILHO carinhosamente chamado ZEZINHO.

Aqui, “um gancho”. Prof. José Lima, cuja ausência marca presença com a lembrança e a saudade, foi o mestre que consagrou campeões como: Marcelo, Maurício e Fausto de Souza; Alfredo e Selma Sheid Lopes; Stela Pacheco; Gabriel Júlio Mattos Muller; Jessemon Delani Siqueira; Edmilson Bosco Chitarra, outros e o próprio filho e todos levaram e elevaram o nome de Lavras e do Brasil além mares.

José Lima Filho fez seus estudos no Instituto Gammon, do pré até a 3ª série do 2º grau e os cursos de Educação Física e Fisioterapia na Pontifícia Universidade de Campinas - PUC CAMP.
Casou-se com Maria Luiza Cruz Lima, em São Paulo, tendo deste casamento a filha Raísa Cruz Lima.

Iniciou sua vida esportiva no basquetebol, aqui em Lavras, por volta de 1966, junto com um grupo de amigos, liderados pelo prof. Mauricinho, quando fundaram o time XX de Julho, em homenagem ao Dia da Cidade. No começo, não havia nenhuma pretensão a não ser compartilhar do convívio agradável entre amigos e exercitar o corpo - Mens sana in copore sano. Mas com o correr do tempo, a equipe se fortaleceu e transformou-se num time campeão, conseguindo os seguintes títulos: Tricampeão Infanto-Juvenil do Interior; Tetracampeão Juvenil do Interior; Campeão Infanto-Juvenil do Estado de Minas Gerais.

Participou da Seleção Mineira nas categorias infanto-juvenil, juvenil e adulto, destacando-se e sendo convocado para a SELEÇÃO BRASILEIRA, em 1974.

Em 1975, ele foi cursar Educação Física e Fisioterapia em Campinas e jogar no Tênis Clube daquela cidade.

Disputou o Campeonato Paulista e integrou a Seleção Brasileira de Basquete por várias vezes.

Excursionou com a Seleção de Novos nos Estados Unidos, em 1976.

Participou do Pré-Olímpico, em Montreal (Canadá), 1977.

Participou da Copa Intercontinental em Israel, Itália, Bélgica, Iugoslávia e Rússia, em 1977;

Universidade da Bulgária( 1977);

Torneio das Filipinas (1977);

Campeão sul-americano na Argentina, em 1978;

Universidade do México em 1979;

Finais do Campeonato Português, defendendo o Olivais Futebol Clube, da cidade de Coimbra, em 1981.

Em 1982, transferiu-se para São Paulo integrando o Esporte Clube Corintians e participou do Campeonato Paulista -campeão - 1983 e 1985; Torneios Sul-Americanos; Torneio do Cristal - Palace em Londres - Reino Unido; Torneio do Natal, em Paris.

Após quatro temporadas no Coríntians, transferiu-se para Limeira, onde permaneceu por duas temporadas e, em 1988, foi para o Palmeiras, onde se encontra até hoje disputando sua 5ª temporada.

Sua trajetória nesses 25 anos de basquetebol proporcionou-lhe muitas emoções, muitas alegrias e por que não dizer, às vezes, tristezas com as derrotas, mas deu-lhe sobretudo muitos amigos e admiradores com os quais repartiu sempre a sua vida.

Dr. José Lima Filho - Zezinho - é atualmente coordenador de basquetebol da Prefeitura de Campinas; Técnico de Basquete das Categorias Inferiores do Tênis Clube de Campinas; Fisioterapeuta do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa da Secretaria Municipal de Esportes da cidade de São Paulo ; Fisioterapeuta do Departamento de Futebol Profissional da Sociedade Esportiva Palmeiras e também da Academia Esporte Total em São Paulo.

Dr. José Lima Filho - Zezinho - trilhou o caminho dos pais e mantém acesa a pira que continuará iluminando o caminho das novas gerações esportivas do nosso País.

DR. JOSÉ LIMA FILHO – ZEZINHO - é Gente da Terra.







Nossa coluna, hoje, para falar do nosso personagem, busca a sabedoria no Livro dos Livros, o mais antigo e o mais moderno de todos aqueles que foram e são editados e publicados - a Bíblia - livro que narra a história do povo de Deus, seus ensinamentos, sua palavra para a vida, para a salvação e fortalecimento da fé.

Dentro deste contexto queremos traçar um paralelo entre a parábola do “filho pródigo” e a juventude.

Esta parábola está na Bíblia e é como uma gota d’água dentro do oceano, ou como um grão de areia no deserto, diante de tantas outras expressivas e comoventes passagens bíblicas. Ali é retratada a história da Salvação, da Reconciliação e da Recuperação. É a história do filho mais jovem que se emancipa, toma a herança e desaparece no mundo, gastando tudo na boêmia. Terminado o dinheiro, procura trabalho. É explorado e passa a viver miseravelmente. Lembra-se da casa do pai e da fartura. Reconhece seus erros e volta. Reconcilia-se com o pai que o recebe com carinho e festeja por recuperar o filho que havia perdido. O filho mais velho revolta-se por ciúmes. O pai diz: “Você sempre esteve aqui ao meu lado. Sabe quanto custa ter um filho longe, sem notícia, desamparado, e vivendo ao léu? Ele voltou. Sua volta foi como se ele tivesse morrido e tornado a viver”.

A juventude, cheia de VIDA, quer participar; realizar seus sonhos e às vezes não é ouvida, não é aceita, não é promovida e não é amada. É transformada em ouvinte silenciosa, colocada à margem, aliciada e apenas usada. Depois, alguns destes jovens se rebelam e ou se drogam para chamar a atenção, porque não procuramos conhecer a sua história, não lhes demos a oportunidade de manifestar-se e não os ajudamos a descobrir o verdadeiro sentido da Vida.

Neste ponto, como na parábola, há necessidade de Recuperação, Reconciliação e Salvação.
E, em Lavras, nasceu esta ESPERANÇA, com alguém que veio lá de Recife, Pernambuco, do Morro da Conceição, que teve a felicidade de acolhê-lo no seu nascimento, no dia 02/05/49. PADRE ISRAEL BATISTA DE CARVALHO, é filho de José Batista de Carvalho e Severina Lins de Carvalho.

Fez seus estudos básicos na Escola Estadual do Morro da Conceição, em Recife, as quatro últimas séries e o 2º grau na Escola Santa Inês, em São Paulo; Curso Superior de Filosofia, em Brusque, Santa Catarina, e Teologia, em Taubaté, São Paulo.

Padre Israel chegou a Lavras em 27/01/83 e, através de um trabalho atuante no Colégio Nossa Senhora Aparecida, junto à juventude lavrense, pôde constatar o problema da droga e os prejuízos causados por ela.

Começou isolado e silenciosamente a desenvolver um trabalho de recuperação dos viciados e, aos poucos, tal empreendimento foi ganhando corpo e se transformou numa realidade chamada “FAZENDA SENHOR JESUS” . Em 27/02/84, instala-se nas imediações da Ponte do Funil, sua sede principal. Ali seus recuperandos começam o tratamento. Em 1989, houve a aquisição de um imóvel no local denominado “Angola”, perto do trevo das rodovias Zito Abreu ( Madeira) e Ribeirão Vermelho, pela Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, para onde foi transferida a Fazenda Senhor Jesus ou Fazendinha do Padre Israel.

À época da aquisição pouca coisa havia ali. A determinação, a obstinação, a liderança e a vontade de servir do idealizador eram tão grandes que em pouco tempo, transformaram aquele local num verdadeiro paraíso, onde as pessoas se tratam, se recuperam, se reconciliam e ajudam a tornar a Fazendinha cada vez melhor e mais aprimorada para receber novos recuperandos.

Aqueles chegam à Fazenda Senhor Jesus para se tratar, submetem-se a uma entrevista seletiva e o tratamento é fundamentalmente a Terapia Ocupacional. Há ainda, e é bom frisar, uma infra-estrutura constituída por psicólogo, médico, odontólogo, prof. de educação física, agrônomo, yoga e acompanhamento espiritual feito pelo próprio Padre Israel. O custo do tratamento é quase zero, e a divulgação da obra é feita graças aos testemunhos dos recuperados que atraem para lá gente de todo o país.

É bom revelar - e o fundador sempre faz questão de enaltecer - a colaboração da Congregação, das comunidades, voluntários anônimos, entidades educacionais, fábricas, indústrias, comércio e outros, sem os quais não seria possível edificar e nem manter esta instituição que, desde a fundação, até a presente data, recebeu cerca de 350 pessoas, e destas, 70% foram recuperadas.

Padre Israel, neste tempo que aqui permanece, já foi agraciado com várias homenagens, dentre as quais destacamos: Título de Cidadão Lavrense em 19/10/90; diploma de Mérito Cívico do Memorial Francisco Ribeiro de Carvalho em 10/02/90; destaque especial da comunidade, de A Gazeta em julho de 1990. Além destas, outras calam profundamente na alma e no coração: os Testemunhos da Verdade dados pelos recuperados à família e à sociedade. Há também a homenagem contínua da comunidade que o acompanha desde o Colégio Nossa Senhora Aparecida, dando-lhe o apoio e o incentivo para tomar pelas mãos amigas os irmãos drogados e viciados, que caminham sem rumo, a fim de salvá-los, fazendo-os renascer para si mesmos e para a VIDA.

Este é um trabalho de fé, de esperança e de amor semeado e que deve brotar nos corações dos homens, porque somos todos irmãos e lutamos por um só ideal, a VIDA.

Padre Israel é um semeador e um colhedor dos frutos da Vida.

Feliz da comunidade que tem um pastor como este!

PADRE ISRAEL BATISTA DE CARVALHO é Gente da Terra.








Nossa coluna, para falar do personagem de hoje, faz uma radiografia do nosso país, um país com 8.511.965 Km2 de extensão, 26 Estados, 1 Distrito Federal, uma população aproximada de 160 milhões de habitantes , rico em recursos naturais, mas com 20% de sua gente vivendo na pobreza.

Lavras, para não fugir à realidade nacional, tem também os menos favorecidos pela sorte.

E quem não se lembra dos esmoladores das ruas e das casas, de alguns anos atrás ?

Hoje, quase não existem mais por aqui.

Entretanto, retornando ao geral, ao nosso pais, e mesmo a outros do 3º mundo, vemos a pobreza se alastrar e sabe Deus como...

O artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de que o Brasil é um dos signatários, diz: “Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.”

Isto significa viver uma vida mais humana, justa e digna.

Felizmente ainda existem pessoas que se preocupam com a dignidade do homem. Lutam e trabalham por ela. São os altruístas.

Em Lavras, temos muitos destes e, entre eles está alguém que há muito vem desenvolvendo um trabalho em benefício dos nescessitados, daqui e de outras plagas, socorrendo-os, para não vê-los marginalizados. Realizam uma verdadeira operação S.O.S. a esses irmãos.
É O HUMANITÁRIO JOSÉ AUGUSTO DA FONSECA, filho de Leonidas Antônio Fonseca e Maria do Carmo Mesquita, que nasceu em 29/11/1916, na fazenda do Gordura, perto do Registro, município de Lavras.

Nascido em Lavras! Acreditamos que para muitos tenha causado surpresa e, não é para menos, pois até mesmo o saudoso Delegado Fiscal e o vereador Olemar Dias Coelho, certa vez, queriam apresentar um projeto de cidadania lavren

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